sábado, setembro 29, 2007

De volta

Quase esqueci a senha do eiko, rsrs. Muito tempo longe do blog, dá um tipo de mal de Alzheimer, sei lá...Bom, a novidade é que em breve, artigos e outros textos darão o ar da graça no blog.Esperem!
Nada de quatro meses, ok? Ainda nessa semana, to preparando uma materinha legal tá povo!
Hasta la vista, baby!
J.S

sábado, junho 16, 2007

Pra quem gosta de cinema

Resolvi publicar aqui a entrevista feita com a Andréa Melo.Espero que dê pra saborar uma época louca e significativa, revolucionária no que se refere a filosofia e a prática do cinema na história cultural do Brasil de ontem e de hoje.
Na entrevista, foi discutido a importância de se fazer cinema no Brasil, as influências de movimentos que colaboraram para o seu atual crescimento e desenvolvimento no presente e futuro, sua função social e política bem com em seu espaço no mercado hoje no Brasil.


Eiko: Quem faz Cinema hoje no Brasil?

Andréa Melo : Acredito que faz Cinema hoje qualquer pessoa, grupo ou cidade que disponha desde uma câmera amadora até aqueles com material de produção satisfatório para desenvolver um projeto profissional. Depois que os programas de edição e pós-produção se tornaram compatíveis com os PCs domésticos, o grande diferencial mesmo agora é ser criativo, sabendo fazer bom uso das técnicas narrativas. Sim, porque tecnicamente tudo se tornou acessível, fácil de manuseio. Então, um indivíduo lá no interior de Minas Gerais, por exemplo, com sua câmera semi-profissional e um PC bem montado poderá “encher os olhos” dos espectadores “famintos” com narrativas lúdicas e poéticas acerca daquele universo tão sensível da barroca Gerais. Conheço uma série de cineastas fantásticos com produções de 3 a 5 minutos, filmes minimalistas, filmes experimentais (Karen Montenegro, hoje morando no RJ, só para citar um nome). Agora, no universo do “cinemão” do mercado cinematográfico nacional, assistimos uma emergência fantástica dos cinemas regionais, muitos chegando a se constituir em pólos de produção cinematográfica como Recife, Fortaleza e em fase de estruturação aqui mesmo em Natal.
Uma maravilhosa diversidade de narrativas e de maneiras de narrar. Olhares de muitos, de outros. Acredito que cinema deve ser feito assim, na multiplicidade.

Eiko: Que direção foi dada depois da era do Glauber Rocha, época do cinema considerada uma das mais importantes?Houve um divisor de águas entre antes e depois do Cinema Novo e quais impactos reais tiveram na intenção de fazer cinema no Brasil?

Andréa Melo : Depois de Glauber, veio a fase da crítica ácida ao próprio cinema intelectual para as minorias (leia-se, Cinema Novo). Veio o Cinema Marginal ou underground: Bressane, Sganrzela. Na seqüência, Mojica, Ivan Cardoso etc. Nos anos da ditadura, nosso cinema beira o pornográfico e o superficial, apesar de algumas tentativas criativas isoladas. Mas afinal não era mesmo obsceno o cenário brasileiro da opressão. Será que esse cinema apenas espelhou isso?! Mas foi só no início dos anos 1980, como Carlota Joaquina da valente Carla Camurati, que os brasileiros voltaram a ocupar assento nas salas de exibição do Brasil para ouvir suas histórias, contadas por sua própria gente. O divisor foi, sem dúvida, Carlota Joaquina, devemos isso a Camurati. A sensibilidade no tratamento e no contexto em que inseriu o filme. Depois de Camurati acreditou-se novamente ser possível fazer cinema nesse país e a não somente depender de entidades como a Embrafilme, porque o empresariado interno e externo também poderia ser um patrocinador.

Eiko: A revelia dos movimentos de cinéfilos, a nova direção em que estava sendo levado o cinema brasileiro contribuiu de certa forma para posteriores mudanças no tratamento que fora dado, política e economicamente, ao Cinema Brasileiro?

Andréa Melo : Sim, acredito que o cinema brasileiro se profissionalizou desde a elaboração do projeto de captação financeira, a produção e finalização. Fazia-se cinema emocionalmente sem levar em consideração as condições de mercado, sem prever os lucros e os prejuízos. Agora é diferente, não é à toa que a figura do produtor ganhou mais relevância que qualquer outro membro da equipe, ainda que o projeto não tenha saído da cabeça dele, mas cabe a ele a condução, a otimização e a conclusão satisfatória do que se desejou realizar desde o início.

Eiko: Quais as impressões deixadas pelos diretores e produtoras da década de 60, especialmente agora com tantas mudanças tecnológicas, tantos investimentos no cinema bem como a diversidade fílmica de hoje?

Andréa Melo : A impressão é de criatividade independente de tecnologias, liberdade de expressão acima de tudo e muita boa intenção, mas também de uma ineficácia quanto ao projeto político de conscientizar as minorias (ideal cinemanovista) e quanto ao retorno financeiro, em razão das produções muito intelectualizadas e com temática restritiva as metas de seus idealizadores.

Eiko: O Cinema Brasileiro parece ter conquistado seu espaço no mercado cinematográfico, assim temos visto pelo reconhecimento dos longas pelo mundo, dos atores e diretores estreitando a arte com o cerne cinematográfico que são os Estados Unidos. O que falta no cinema hoje sob o ponto de vista filosófico, atingindo logicamente sua função cultural e social no país?

Andréa Melo : Não concordo que os Estados Unidos seja o cerne cinematográfico. A não ser que seja do ponto de vista de sua indústria cinematográfica dominante. Muitas das melhores produções norte-americanas têm orçamento baixo. Seus diretores, aqueles autorais de fato, Brian de Palma, David Lynch, Spike Lee ou até Woody Allen nunca lançam “blockbusters”. O estreitamento do Brasil com os EUA, creio se deve, em primeiro lugar ao intercâmbio que se intensificou desde os anos 1995, entre as universidades dos dois países, por exemplo, a USP e Universidade de Nova Iorque (Ismail Xavier, Anette Kunh e Robert Stam). Esse intercâmbio resultou em uma política de exibição de filmes brasileiros em terras do Tio Sam, co-produções mais freqüentes etc. Falta ao nosso cinema, creio, um estilo marcadamente brasileiro com a responsabilidade de socializar conhecimentos, diversificar gêneros. Faz-se muita comédia nesse país. Já o drama e o documentário são pouco aceitos pela audiência.

Eiko: O documentário é de extrema importância para formação dos cineastas, embora não atraia muito público. Foi marcante para o cinema, filmes como Conterrâneos Velhos de Guerra, direção de Vladimir Carvalho e, Santo Forte de Eduardo Coutinho. Como se acentua nesse gênero problemas e situações que são apresentados de modo aberto, sem máscaras, o que acontece na falta de exibição e distribuição dos documentários é o desacostume somente do gênero ou a incompreensão da importância desse trabalho principalmente no meio acadêmico quanto a falta de incentivo de instituições em auxiliar o aluno com suporte para tal prática?

Andréa Melo : Creio que muitos documentários brasileiros são mesmo chatos para o espectador. A maioria dos documentaristas não tem autocrítica e é individualista. Despejam nos olhos e ouvidos da audiência longos depoimentos, repetem-se, são circulares e não espirais. Poucos são lúdicos, têm medo de ferir a realidade, por acreditarem que ela é passível de ser retratada pelo documentarismo, quando este, na verdade, é mais uma forma de encená-la. Não me refiro a Massagão, nem tampouco a Salles, mas principalmente aos documentaristas “encerrados” em suas regiões e costumes, refiro-me ao documentarismo nordestino e sulista, por exemplo. O gênero pode ser extremamente criativo e atraente, desde que se evitem os preconceitos existentes. Acho que o documentário é tão importante quanto qualquer outro gênero, o que interessa é a qualidade dele, a narrativa e o ato de narrar. Você pode ter uma comédia muito mais eficiente do ponto de vista da conscientização do espectador do que um documentário. É preciso que esse, seja inteligente e atraente, reflexivo e liberto, as mais diversas conclusões do espectador e não aprisionado aos conceitos estabelecido pelo realizador.

Eiko: A nova fase do Cinema no Brasil, ou “a retomada” como chama Pedro Butcher, crítico de cinema, é considerada depois de filmes como Cidade de Deus e Central do Brasil. As razões para se filmar aqui, além do apoio do governo e empresas que colaboram com a cultura no país, estão nas mazelas sociais que continuam dando dinheiro nas telonas. Essa é uma decisão estética ou ainda não se confiam em outros temas a atingir semelhante resultado no país?

Andréa Melo : Acredito que Cidade de Deus também é um marco, mas dessa vez um marco no modo de narrar a partir de um approach tecnológico. Não se ousava no Brasil narrar dessa forma, apesar de que muito do que se vê nesse filme, se encontra no cinema soviético de Pudovkin, Vertov, e Eisenstein do início do século XX. Já Central é um melodrama, mix de roadmovie e novela das oito, mas extremamente eficiente no panorama cinematográfico norte-americano. Creio, respondendo mais diretamente sua questão, que é menos uma razão estética e mais uma subliminar intenção política. Lembro de Carmen Miranda, em Serenata Tropical (se não me engano), cuja performance musical para o mercado cinematográfico norte-americano exigia uma representação uniformidade cultural: turbante com cachos de frutas na cabeça e tango era uma coisa só. Portanto, a estética pode se colocar a serviço de interesses maiores. Durante o Cinema Novo, Walter Hugo Khouri fazia um cinema que se diferenciava da “estética da fome”. Com um intimismo à moda bergmaniana, não deixou de falar, contudo da solidão, desespero e incomunicabilidade dos brasileiros dos anos 1960. Muitas outras temáticas estão sendo abordadas, basta circular nos festivais alternativos de cinema e vídeo do país.

Eiko : Há cineastas novos com idéias também novas hoje no circuito cinematográfico. Vimos então a possibilidade do Brasil continuar fazendo cinema de qualidade com uma formação e motivação diferente dos filmes que temos assistido. Há de surgir movimentos em que a beleza e outros temas continuem a preencher os anseios da sociedade e produzir mais encantamento do que extasiamento social?

Andréa Melo : Há de surgir cinematografias, autorias, mas também muita baboseira. Muitos cineastas brasileiros fazem cinema como fazem televisão. Temem ousar esteticamente, como o Walter Salles, por exemplo, temem o rechaço da platéia. E acredito, devem temer mesmo. Não sei se acredito nesse cinema que “preencha os anseios da sociedade”, como desejavam os soviéticos, que atenda um projeto coletivo... Acho que ele preenche os anseios de um ou mais sujeitos (roteirista, diretor, ator) cuja permanência no mundo em que se vive gera conflitos, move desejos de falar sobre esse mundo sobre um olhar mais do que particular. Contudo, esse olhar, às vezes coincide com o olhar de outras pessoas. Mas será sempre o jeito de olhar de poucos sobre o mundo em que muitos habitam. Também não sei se só de beleza e encantamento devemos viver. Existe o belo no escatológico, veja Greenaway para mostrar isso. E no Brasil, o média-metragem, Útero para reforçar. Creio que o fazer do cinema deve fugir das polaridades, dos extremos e buscar o diálogo audiovisual, no sentido bakhtiniano do termo, ou seja, fazer conviver vozes contrárias, estéticas e estilos, de hoje e de ontem, de forma complementar e dinâmica.


Andréa Mota Bezerra de Melo é jornalista, mestre em Ciências da Comunicação, com ênfase em Cinema, Rádio e Televisão pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Professora de Cinema para Cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda.


Entrevista realizada no dia 08 de maio de 2007.

quarta-feira, maio 30, 2007

Tantas palavras...

Desde Março não escrevo por aqui. Não dá vontade.Parece que as palavras simplesmente resolveram tirar férias.
Mas a ausência não durou mais que o incômodo da página em branco. Você, alguma vez já tentou escrever muitas coisas mas não conseguia nenhuma delas?
A facilidade de ter idéias, elaborá-las e por fim, organizá-las , não só na mente como no papel, e nesse caso na tela do PC pode, de repente, deixar você na mão como me deixou nesses tempos.
Mas, como quem enxerga cães em lugar de gatos, às vezes o pensamento se distrai a ponto de confundir, distanciar e se perder.Mas à toda prova existe a descoberta.
Entretanto, escrever faz bem!
Estamos de volta!!
J.S..

domingo, março 18, 2007

Vai dar namoro!

Depois da proposta de entrevistar alguém com know-how, sobre as vertentes do cinema brasileiro(aliás sugetão dada pela futura entrevistada) encontrei na web tantas informações sobre a história, que era embaraçoso ver o quanto eu ainda tinha de saber pra realizar a entrevista. Mas uma coisa me chamou a atenção. Algumas páginas que encontrei na web, os blogs criados por jovens ( a identificação e informação é sugundo o que nos é aresentado com autor da página) isso significa que apesar de nós não termos estado na época do "bum" do cinema nacional, no início de tudo,continuamos a querer aprender sobre a nossa história, cultura e sobre as formas de como essas se referem ao nosso país.
A conversa sobre o cinema brasileiro será publicada aqui em poucos dias. Estejamos acordados pra "ver" um pouco sobre a história cinematográfica que ajudou o país a se "ver" melhor. Cuidado que cinema nos deixa mais intensos. Aproveita e passa em uma locadora e assista a um filme brasileiro. Sugiro "uma onda no ar"do diretor Helvécio Ratton. Não sei não, mas você vai se apaixonar. Acho que pode dar namoro!
J.S.

domingo, março 11, 2007

SOLIDÁRIO COM A VERDADE

Vivemos um tempo de barbárie, em meio a epidemias mudas que travestidas da banalidade calam vidas e provocam gemidos de indignação da sociedade que sangra no âmago dessa tormenta. Cenário formado para brotar nos organismos sociais a célula da solidariedade, presente em seu gene, no combate aos tumores cravados em nossas gargantas. Assistimos a tudo quase que em silêncio. Ser solidário é ter uma postura de apoio? Proteger? Cuidar? Abraçar causas nobres? É praticar boas ações? Talvez seja a hora de entender esse substantivo e transforma-lo num verbo de ação - de combate; num verbo de ligação- globalizar povos; de fenômeno da natureza – que chova iniciativas. Durante muitos anos guardamos um silêncio estúpido e de repente o falar tornou-se necessário, mas a imprescindível mudança de postura, ainda não debutou. É preciso deixar de decorar regras do código de boa ação, da lei do ser bonzinho e nos tornarmos disponíveis.
Não serei injusta a ponto de negar o papel de voluntários na prática da solidariedade, mas não serei inocente ao passo de considerar o mundo solidário. Talvez possamos falar, sim, em um palco de atores com brilhantes atuações solidárias. Aqui chego ao cerne da problemática: Solidariedade se restringe a atuações solidárias?
É preciso, por exemplo, uma catástrofe na áfrica para lembrarmos que lá há fome? Precisamos de homens-bombas para sabermos que o Oriente médio está em guerra? Precisamos que um menino seja arrastado por 7 km para tomarmos ciência da violência desenfreada dos centros urbanos? Precisamos do ataque terrorista do crime organizado para vermos a presença de um poder paralelo? Para tantas perguntas, uma única resposta: NÃO! Infelizmente esperamos que algo desabe para contabilizarmos os mortos e feridos, pôr a culpa em alguém, prestarmos socorro e apoio moral... Lambemos as feridas por algum tempo (curto) e de ano a ano lembrarmos o aniversário do holocausto; Como se ele não estivesse vivo. Como se o caos não estivesse instalado. Precisamos ser solidários com a verdade.
Aceitemos a verdade nua e crua, sejamos heróis e não criemos mártires para a história. Temos muito de sentimento de pena, mas pouco de consciência de responsabilidade.
Débora Rangel

Murro em ponta de faca

No recém-nascido ano de 2007, a violência urbana no Rio de Janeiro ganha o mundo na face do menino João Hélio, cruelmente arrastado pelas ruas cariocas. Tragédias como essa acabam por trazer de volta ao plano dos debates, questões que tão logo a mídia se canse, irão para o mundo perdido dos engavetados. Agora o Brasil inteiro volta a discutir a questão da maioridade penal e acusa a lei penal brasileira de alimentar a criminalidade. Foco errado para ataques! Não seria oportuno, em dias de fúria, empunhar bandeira de direitos humanos e tão pouco o farei, mas vale trazer à cena que a penalidade no Brasil, não objetiva “vingança” ou “castigo” ao “inimigo”, mas tem por finalidade a retirada do indivíduo, que à sociedade ofereça risco, para então reabilitá-lo e reincerí-lo ao meio social. O que ocorre, é que diante de fortes episódios adornados pela exploração da mídia, a sociedade assume ares de indignação e esquece que não somos regidos pelo babilônico código de Hamurabi com seu lema “olho por olho, dente por dente”.
A impunidade é grande, mas não será atacando a legislação penal que solucionaremos o problema. O Direito Penal desemboca na cadeia. Se ela não é segura, não adianta alterar um milhão de vezes a legislação... Nem agravar as penas...Nem instituir a prisão perpétua! A situação de absoluto descalabro do sistema carcerário brasileiro acaba por oferecer ao condenado um curso intensivo de como se tornar um criminoso de sucesso. Sem a pretensão de esgotar o tema, sugiro a seguinte discussão: Se as casas destinadas ao cárcere cumprissem o papel proclamado em nossas normas jurídicas, talvez pudéssemos recuperar criminosos. Esse é só um dos males de um sistema que não funciona. Numa discussão que demanda tantas considerações e extraplora simplismos sociológicos, não se pode, sectariamente, restringir o debate a um ou outro ponto de vista, sob pena de se pauperizar o diagnóstico.
É lamentável que a sociedade continue dando murro em ponta de faca e é ainda mais lamentável que de repente de uma hora para outra a morte de uma criança indefesa cause tanto horror. Uma pena que pais de crianças que morrem diariamente nas favelas, não consigam mobilizar a mídia tal qual o fazem outros pais da classe média. É preciso conhecer a fundo nossas desgraças e tratá-las com remédios que levem à cura e não que tenham efeitos anestésicos. O enfrentamento da epidemia da violência há que ser estrutural, e não momentâneo ou ao sabor apenas de acontecimentos dramáticos como os que ocorreram nos últimos dias.

Débora Rangel

UM OLHAR CRÍTICO SOBRE OS FATOS

A formação superior de profissionais para atuar nas empresas de comunicação foi alcançada em 1947, quando se instala em São Paulo a nossa primeira escola de jornalismo. Nascido sob protesto enfrentou e enfrenta resistência e fortes críticas.O principal argumento usado pelos opositores dos cursos universitários de comunicação sempre esteve relacionado com a qualidade do ensino, especialmente a deficiência dos formandos para o exercício imediato, como se as demais carreiras profissionais também não enfrentassem a clássica dissonância entre a teoria e a prática.
Hoje, após mais uma vitória a favor da obrigatoriedade de formação profissional, recai sobre os cursos de jornalismo, que atravessam altos e baixos numa dança com marcação de um passo pra frente e dois passos para trás, muitas críticas.
Torna-se bastante difícil haver bons cursos de jornalismo onde o jornalismo real é deficiente, somado a isto tem o clima de “oba oba” por todo o país com proliferação indiscriminada de cursos de jornalismo.
O copo meio cheio dessa história é que as transformações são relativamente simples. Os cursos devem oferecer a seus alunos atividades experimentais ou laboratoriais que simulem o modo ideal de se praticar jornalismo e viabilize uma consciência crítica e consistente. Fica o desafio das escolas de jornalismo em oferecer infra-estrutura para atender essa necessidade.
Por aqui, contamos com rádio e TV, importantes ferramentas na simulação do modo ideal de se praticar jornalismo. Na realidade brasileira ainda que certas iniciativas sejam tomadas, raríssimas atividades vão além de eventuais, ou reproduções acríticas ou como experimentalismos desligados da realidade, inviabilizando algo de suma importância que é tornar as instituições de jornalismo um pólo de pesquisa e de crítica da atividade jornalística.

segunda-feira, março 05, 2007

Brutalidade no Sul do País

Li ontem no jornal o globo on line, o caso do bebê de 1 ano e 8 meses de Joinvile,(SC) estuprada e estrangulada no último sábado. Depois da morte de João Hélio, no Rio de Janeiro, as atrocidades continuam acontecendo no país, como sempre. Não há novidade nesses casos. A violência existe. O que parece não existir é a tão falada punidade. A justiça do nosso país afrouxa nas condições penais e etc...Acho que já sabemos bem os problemas políticos e sociais do nosso queridíssimo Brasil. Acredito ao menos em uma coisa: a reflexão e a consciência que se pode ter mesmo com uma porcentagem de parcialidade e tendenciosa ao Ibope, as notícias dadas pela mídia são válidas. As discusões de roda, valem a pena e tira-se daí pensamentos mais afinados do que se tivessem só e propriamente lido o jornal.
J.S.

sexta-feira, março 02, 2007

Fim de greve dos servidores é discutida pelo Governo Lula

A discussão é que os servidores mantenham seus direitos protegidos por lei, mas que esses não atinjam a sociedade com as paralizaçõs e greves. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, falou sobre a questão afim de "preservar os direitos dos servidires e da sociedade", disse. Neste sábado, pela manhã, o presidente Lula confirmou a regulamentação do direito de greve dos servidores mas que proibe a paralização em setores públicos úteis à sociedade.
O policiamento e serviços públicos como o atendimento no INSS que já ficaram em greve, são exemplos de transtornos já vividos pela sociedade e afetam diretamente a vida das pessoas.É uma considerável vantagem nessa decisão. As situações que põem em risco a sociedade devem ser discutidas.Ponto para o governo Lula.
J.S.